Loucura???
Não é preciso sentir... Não é preciso falar... Basta um olhar ao horizonte... Sinto tua presença... É, isso é loucura.
sexta-feira, maio 27
Espera
Pra mim, você é uma linda cachoeira, aliás, a água da cachoeira, e é nela que eu morro de vontade de me atirar e me misturar com a transparência das tuas águas. Te vejo como um sol que ilumina minha manhã e faz com que as flores desabrochem ao meu redor. O sol que me esquenta e faz do meu dia um belo jardim, que faz a vida nascer e brotar uma árvore de emoção, cheia de galhos e de flores. Uma árvore em que o fruto não é amargo nem doce, apenas saboroso. Tu és minha árvore cheia de vida e amor. Cheia de galhos que me cutucam pra que eu sempre lembre da tua presença em meu coração. Tu me apareceste como uma águia que voa alto e veloz, pois chegastes com a velocidade da luz e fugistes de mim como um leopardo corre atrás de sua presa. Mas fostes pra mim pelos momentos em que estivemos juntos como um zangão que manda em sua colméia e eu era tua abelha que produzia o mel, mas também era cheia de ferrão que não acabavam como a da maioria das abelhas que morriam logo que picavam alguém, mas eu era uma abelha imortal que picava e picava, mas nunca via o mal que isso me faria. O maior mal que seria te levar pra longe de mim. Foste para mim um cavalo indomável que eu tentava como todas as forças domesticá-lo para me fazer sorrir e viajar por uma atmosfera cheia de beleza. Me cobriste com teu perfume e exalasse teu suor para me inebriar de amor e de loucura. Me deixaste como uma fêmea no cio que ao aprender o que é o amor quer se deliciar como se não houvesse amanhã pra satisfazer aquele tornado de fúria e de prazer que ardia dentro de minhas entranhas. Exalasse teu perfume em minha cama e em meu lar, fazendo com que cada vez que eu olhe para um canto do meu reino, pudesse sentir tua presença e teu cheiro. Cobristes meus olhos com o teu olhar e como uma cega passei, a me guiar pelos instintos. Ando pelo teu cheiro e enxergo por tua voz. Busco a tua boca e desejo sentir novamente teu corpo sobre o meu. Espero iludidamente pelo teu abraço e pelos teus gracejos, acreditando que um dia eu poderia sentir um pouquinho de amor teu para comigo, e que tua boca também desejasse a minha. Pulei em tuas águas e me afoguei com tua paixão, vivi o teu trajeto e senti dentro de mim o teu calor pulsar como um coração disparado por uma corrida contra o vento. Bebi o teu suor e me embriaguei com tuas poucas palavras, sentindo uma brisa suave em meus ouvidos. No momento maior de minha luta dentro de teu corpo, ouvi sinos tocando uma canção que jamais quero esquecer. Senti meu corpo cair e minha mente foi limpa de tudo que havia pra se pensar. Meu coração disparou?! Não, meu coração parou e ficou calmo como um mar depois da tempestade, pois ali eu sabia que se não tinha conquistado teu amor, eu nunca mais conquistaria...
Mas sempre há uma esperança. Eu poderia não receber teu amor ali, naquele momento ou até mesmo perto daquele dia, mas eu poderia sim, ter te conquistado, e o amor que eu pus dentro do teu peito simplesmente ter adormecido por medo seu de me amar. Sendo que um dia, qualquer dia, ele pode acordar e você vai pensar duas vezes, mas vai acabar cedendo de vindo a minha procura. Mas está o problema. Será que eu ainda vou estar aqui te esperando pra que esse amor acordar?! Eu quero estar, mas o destino é imprevisível e eu posso não estar mais entre aqueles que me amaram de verdade, e como visto, nem entre aqueles que não souberam me amar...
Aline Silvia.
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Nossa o que dizer?! Simplesmente amei...incrivel esse seu texto, realmente vc estava inspirada!!!
ResponderExcluirLisonjeada por ter sido a primeira a ter lido! xD